O mobilizador Izanildo Sabino criou um grupo no Mobcidadania denominado Direitos e Ativismo.
O MobCidadania é uma estratégia lançada pela Rede Mobilizadores para incentivar o desenvolvimento de ações coletivas ou de mobilização social que visem enfrentar problemas sociais e comunitários, melhorar a qualidade de vida e defender direitos.
A definição das ações coletivas a serem realizadas e da estratégia a ser adotada são debatidas em grupos criados no Facebook. Por meio de reuniões virtuais, os integrantes do grupo decidem o que é preciso para colocar as ideias em prática. Todo o processo é registrado pelo administrador do grupo na página do Mobcidadania (www.mobilizadores.org.br/mobcidadania) e todos os participantes e demais interessados podem acompanhar o desenvolvimento das atividades no site.
Izanildo Sabino é graduado em Direito e tem participação ativa em movimentos ambientalistas e sociais. Foi conselheiro tutelar, integra a Comissão de Justiça e Paz do Conselho da Associação de Apoio e Orientação à Criança e ao Adolescente – AAOCA, e participa dos fóruns: Popular em Defesa de Vila Velha; de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Grande Vale Encantado; Capixaba em Defesa da Bacia do Rio Doce; além de atuar em movimentos sociais e pastorais.
Nessa entrevista, ele fala um pouco sobre a proposta do grupo Direitos e Ativismo.
Rede Mobilizadores – Qual sua proposta para o Mobcidadania?
R.: A proposta é incentivar e mobilizar as pessoas a desenvolverem atividades que possam mobilizar a sociedade a debater determinado assunto, buscando ser instrumento de transformação social, por meio de formação e ações coletivas relacionadas aos temas sociais, ambientais, políticos econômicos e o exercício da construção da cidadania.
Rede Mobilizadores – Quais suas expectativas em relação a essa proposta?
R.: Por ter a vida dedicada à militância na área social e defender o diálogo, a justiça, a ética e o princípio da dignidade humana, vejo que a mobilização social é de extrema importância para fazer uma profunda transformação na sociedade, e as atividades em rede facilitam a integração dos membros, as redes sociais precisam ser usadas como instrumentos de mobilização social.
É preciso que todo trabalho feito seja ampliado e divulgado, o que vai possibilitar mais pessoas informadas e engajadas nas lutas sociais. Somente com pessoas mobilizadas e organizadas é que poderemos fazer algo para mudar a realidade do país.
Rede Mobilizadores – O grupo já pensou em algumas ações para desenvolver? Quais?
R.: O grupo foi criado recente, ainda não há ações programadas, mas é um grupo de debate, onde os membros poderão utilizar o espaço para se informar e formar. Esperamos que seja mais um espaço conquistado para divulgar nossos trabalhos e assim contagiar o maior número de pessoas.
Rede Mobilizadores – Que estratégias vocês pretendem usar para atrair novas pessoas para o grupo?
R.: A estratégia a ser utilizada é mostrar o rosto dos membros do grupo, para que essas pessoas tenham espaço para participar efetivamente das soluções e, assim, conquistar mais pessoas para participar do grupo. Através das redes sociais as pessoas podem trocar e ampliar sua atuação, por isso, buscamos sensibilizar aqueles que ainda não utilizam esta ferramenta, para que tenham a oportunidade dessa experiência.
Rede Mobilizadores – Você já trabalhou com iniciativas sociais/ ambientais em outros momentos? Em caso afirmativo, o que fez?
R.: Som bem participativo nos movimentos sociais. Participo efetivamente de fóruns que defendem a vida e o meio ambiente, também sou membro da Comissão de Justiça e Paz da Arquidiocese de Vitória e sou integrante de vários conselhos que atuam na promoção da vida e do meio ambiente.
Esses espaços são de extrema importância, pois neles eu tenho contribuído para discussões e soluções. São encaminhamentos definidos em reuniões ou assembleias que visam o fortalecimento dos movimentos sociais. No momento, estou empenhado nas atividades do Fórum Capixaba em Defesa da Bacia do Rio Doce, devido o rompimento da barragem de responsabilidade da Samarco que é administrada pela Vale e pela anglo-australiana BHP Billiton, que despejou 62 milhões de metros cúbicos de rejeitos de minério de ferro no meio ambiente, causando impactos socioeconômicos e ambientais.
Entrevista concedida a: Eliane Araujo
Editada por: Sílvia Sousa