Incentivado pelos escoteiros, o movimento bandeirante ? originalmente voltado apenas para meninas escoteiras, mas que no Brasil congrega também garotos entre seus 10 mil integrantes ? aderiu à campanha em prol dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM). O passo inicial foi a realização de uma palestra sobre prevenção de Aids e outras doenças sexualmente transmissíveis (DST) para os jovens que participaram, entre 16 e 21 de julho, do 3º Jamboree Nacional, o principal encontro brasileiro de escoteiros, em Brasília.?A realização da palestra é resultado de um dos projetos do movimento que tem os mesmos propósitos dos Objetivos do Milênio?, afirma Maria Olinda Luz, coordenadora internacional da Federação de Bandeirantes do Brasil ? um dos braços brasileiros do movimento bandeirante internacional o WAGGGS (Associação Mundial de Meninas Escoteiras, na sigla em inglês). ?Temos uma parceria com o Ministério da Saúde para fazer esse tipo de trabalho educativo com os jovens?, conta a coordenadora. Outra iniciativa desenvolvida pelos bandeirantes que é semelhante às ações voltadas aos ODM é o ?Cultura da Paz ? Combate a Fome?, que incentiva a criação de hortas nas periferias das grandes cidades e dá dicas para evitar o desperdício de alimentos. ?É um programa que já gerou bons resultados e que, inclusive, é reconhecido pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação?, diz Maria Olinda. O projeto, que envolve cerca de 160 bandeirantes, pretende ajudar a mais de 400 famílias de baixa renda em seis estados. Além da palestra sobre prevenção de doenças sexualmente transmissíveis, os bandeirantes aproveitaram o Jamboree para estimular os jovens a se tornarem ativistas nas agências das Nações Unidas. Para tanto, a bandeirante de 17 anos Nathália Santos Veras, de Roraima, viajou até Brasília para contar aos escoteiros sua experiência como representante do WAGGGS no painel internacional de jovens do Fundo das Nações Unidas para População (UNFPA). ?Falei sobre como são os debates nas reuniões anuais em Nova York?, resume. No painel do UNFPA, representantes de todo o mundo debatem temas que afetam os jovens de maneira direta ou indireta e, depois, elaboram propostas que são enviadas à direção da agência. ?A partir daí eles passam a saber qual a opinião dos jovens em relação aos problemas?, destaca.
Com base naPrimaPagina.