Brasil fechou 2016 com 116 milhões de pessoas conectadas à internet, o equivalente a 64,7% da população com idade acima de 10 anos.
As informações são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad C), divulgada no dia 21 de fevereiro pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No fim do ano passado, O IBGE já havia liberado uma Pnad Contínua, mas com enfoque em dados sobre domicílios. Ela indicava que 63,3% das casas brasileiras possuíam acesso, além de mostrar a presença de TVs, telefones e geladeiras nos lares das pessoas.
O suplemento de Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC), divulgado agora trata, por sua vez, informações como quantas pessoas estão conectadas à internet e aparelhos mais usados para acessar a rede.
Mulheres mais conectadas
Em 2016, a proporção de mulheres conectadas foi maior que a de homens: 65,5% delas tinham acesso, enquanto, o índice para eles era de 63,8%.
Considerando a faixa etária, os indivíduos com idade entre 18 e 24 anos apresentavam a maior taxa de conexão: 85% deles estavam online. Já os brasileiros com mais de 60 anos apresentavam o menor índice, de 25%.
As regiões Nordeste e Norte eram as únicas a apresentar taxas de indivíduos conectados inferiores à média brasileira, de 52,3% e 54,3%, respectivamente.
O Sudeste possuía o maior índice. Lá, 72,3% dos moradores tinham acesso, enquanto no Centro-Oeste a taxa é de 71,8% e no Sul, é de 67,9%.
Celular
O celular continua a ser o principal aparelho para acessar a internet no Brasil. Em 2016, o eletrônico era usado por 94,6% dos internautas, à frente de computadores (63,7%), tablets (16,4%) e televisões (11,3%).
Segundo o IBGE, 77,1% dos brasileiros possuíam algum celular.
Usa para que?
A Pnad Contínua também levantou as finalidades com que os brasileiros navegam na internet ou usam serviços conectados. A principal dessas atividades, apontada por 94,6% dos internautas, é trocar mensagens (de texto, voz ou imagens) por aplicativos de bate-papo.
Assistir vídeos (programas, séries e filmes) foi apontado por 76,4% dos brasileiros conectados e superou as conversas por chamadas de voz ou vídeo, indicadas por 73,3%.
Off-line
Ainda que 64,7% da população brasileira tenha declarado acessar a internet, há 63,3 milhões de pessoas que se mantêm off-line.
Três a cada quatro dessas pessoas disseram que o que as afasta é não saber usar ferramentas online ou não ter interesse nisso. O serviço ser caro era a justificativa dada por 14,3% dos desconectados.
2016 x 2015
Como é a primeira vez que o IBGE divulga dados da Pnad Contínua sobre tecnologia e de acesso à internet, não é possível fazer uma comparação histórica.
Relacionar alguns indicadores com o de outras pesquisas, no entanto, pode sinalizar avanços e recuos tanto no acesso à internet quanto na posse de eletrônicos no país.
Se a Pnad Contínua indica que o número de conectados chegou a 116 milhões em 2016, uma pesquisa anterior do IBGE, a Pnad, apontava que os brasileiros online somavam 102,1 milhões, ou 57,5% da população, em 2015.
Enquanto dados da Pnad para 2015 mostravam que 78,3% dos brasileiros tinham celular, a pesquisa divulgada agora indica que o contingente de pessoas que são donas de um desses aparelhos é de 77,1%.
Fonte: G1
Imagem: Marcos Santos/USP Imagens
Situações como teclar uma tecla no celular enquanto dirige ou caminha; colocar a mão no bolso acreditando que o celular tocou, quando isso não ocorreu; ficar ansioso quando está sem acesso a uma rede social, pode parecer brincadeira, mas o uso excessivo da internet pode causar doenças graves como a depressão. Com a exposição à web cada vez mais esse mal é percebido cada vez mais entre os internaltas.
Houve uma amostra que duraram três anos com 25 mil trabalhadores e a maioria reclamou de se sentir depressivo, ansioso e relutante em acordar e ir ao trabalho pela manhã. Outras reclamações também foram o sono quebrado e interrompido durante a noite. A médica responsável pela pesquisa, Tetsuya Nakazawa que é membro (Society Computer Chemistry) no Japão, relata que é preciso ficar menos tempo conectado à internet sob pena de desenvolver doenças relacionadas à depressão, uma doença grave e cada vez mais comum entre os navegadores da web.