A proporção dos chamados analfabetos absolutos ? aqueles que não sabem ler nem escrever nada, inclusive o próprio nome ? entre 15 e 64 anos caiu de 9% para 7% entre 2007 e 2009 no Brasil. Em 2002, esse percentual estava em 12%. Os dados são da pesquisa Indicador de Alfabetismo Funcional (Inaf), realizada pelo Instituto Paulo Montenegro, em parceria com a ONG Ação Educativa.
Apurado desde 2001, o indicador mede os níveis de alfabetismo funcional da população brasileira entre 15 e 64 anos de idade, residente em zonas urbanas e rurais de todas as regiões do país. Dividido em quatro níveis, o Inaf classifica a população brasileira de acordo com suas habilidades em leitura e escrita e em matemática.
O indicador mostra uma queda expressiva no percentual de alfabetismo rudimentar (capacidade de localizar informação em textos curtos e familiares, ler e escrever números usuais e realizar operações simples, como contar dinheiro), de 27% para 21% entre 2002 e 2009. Isso amplia consideravelmente a proporção de brasileiros adultos classificados como funcionalmente alfabetizados.
A pesquisa deste ano também aponta que cerca de um terço dos brasileiros de 15 a 34 anos alcançaram o nível pleno de alfabetismo ? em que não há mais restrições para compreender e interpretar elementos usuais da linguagem, nem a resolver problemas matemáticos com maior grau de dificuldade. Entre as gerações mais velhas, no entanto, só se enquadram neste nível 23% dos brasileiros entre 35 e 49 anos e 10% dos que têm entre 50 e 64 anos. Veja a pesquisa completa.