A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) afirmou que a participação das comunidades é fundamental para evitar incêndios florestais. Segundo a agência, este tipo de sinistro destrói cerca de 350 milhões de hectares por ano. A FAO já está desenvolvendo parcerias com a Agência Espacial Europeia e com a Nasa, dos Estados Unidos, para fornecer imagens de satélites que ajudam a mapear as áreas com maior risco de incêndio.
Segundo a agência da ONU, é preciso ainda equipar o corpo de bombeiros de países em desenvolvimento que, muitas vezes, não têm recursos para lidar com emergências. O chefe do Programa Mundial de Projetos da FAO, Roberto Mercado, acredita que a participação da comunidade também se faz através da responsabilidade pessoal.
“Fumar, jogar cigarros acesos nas florestas é um perigo muito grande. Particularmente na Europa, nesta época do ano, onde a temperatura é alta e a umidade relativa do ar é muito baixa. A floresta está num estado de alta periculosidade. É preciso controlar ou minimizar para evitar que o que acontece hoje na Espanha possa acontecer em outros países.”
Incêndios no mundo
Até junho, incêndios florestais causaram prejuízos de milhões de dólares. Os incêndios de fevereiro em Victoria, na Austrália, mataram 173 pessoas e deixaram mais de 7 mil desabrigadas. Analistas dizem que o pagamento total pelas seguradoras pode chegar a US$ 1,5 bilhão, cerca de R$ 2,8 bilhões.
Segundo agências de notícias, quatro bombeiros morreram em meados de julho, na Espanha, quando tentavam apagar um incêndio no Parque Nacional Els Ports, na região da Catalunha. De acordo com a FAO, pelo menos 10 mil pessoas tiveram que ser evacuadas de suas casas devido a um incêndio florestal no oeste do Canadá. Na Itália, na Grécia, na Espanha e no sul da França, os corpos de bombeiros já foram mobilizados para combater focos de incêndios e informaram que vão manter um esquema especial de operações até o fim do verão no Hemisfério Norte.
*Com informações da Rádio ONU/Mônica Villela Grayley.