?A vida se tece de sonhos?. Esse é o lema do Geração 3º Milênio, um projeto gerido desde 2003 por jovens dos bairros Palmital, Cristina e Nova Conquista, na cidade de Santa Luzia (MG). A meta é fortalecer e estimular a participação dos moradores na formulação de políticas públicas, principalmente no campo da juventude e da segurança pública, e criar espaços de encontro e socialização na comunidade. O projeto também busca fortalecer e estimular a participação dos moradores na formulação de políticas públicas, principalmente no campo da juventude e da segurança pública, e criar espaços de encontro e socialização na comunidade.Contando com a participação ativa no Conselho Comunitário de Segurança Pública (Consep IV), os integrantes do projeto lutam pela criação de um conselho municipal de juventude em Santa Luzia. Além disso, também acompanham o conselho gestor da Fundação Fé e Alegria do Brasil para a implantação de um centro cultural na comunidade.O Geração 3º Milênio desenvolve também ações de acompanhamento escolar, cursos de alfabetização de jovens e adultos e vários eventos culturais, tais como gincanas, festas juninas e mostras de vídeo para crianças. Mesmo com recursos escassos, esses jovens têm conseguido construir, juntamente com outras entidades e grupos locais, uma nova referência para o cenário sócio-cultural da região. Para Sebastião Everton, jovem de 18 anos e um dos coordenadores do projeto, a grande motivação para a juventude envolvida nesses trabalhos está nos impactos positivos e no reconhecimento da comunidade. ?Para nós, é muito gratificante perceber que a nossa atuação tem valor e que somos respeitados por isso. Hoje, a nossa voz é cada vez mais ouvida. Acreditamos no potencial da juventude e queremos contribuir para a ampliação de oportunidades para mais jovens de periferia?, complementa. O Geração 3º Milênio funciona numa casa cedida por uma moradora que ajudou a fundá-lo, envolvendo uma equipe inteiramente voluntária. As despesas com água e eletricidade são custeadas pela Paróquia Santíssima Trindade, do Palmital, e atualmente não há financiamento específico para as atividades. Sebastião destaca que o voluntariado é um caminho difícil, devido às restrições econômicas, mas que é uma forma de engajamento muito importante. ?O que não vale é ser voluntário por ?desencargo? de consciência. É preciso ter comprometimento e responsabilidade. O voluntário sonha com as transformações sociais e vai à luta pelo sonho?, assim conclui.