O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou a posição dos Estados Unidos na Conferência do Clima (COP-15), em Copenhague, em avaliação que fez sobre a participação brasileira na Conferência, no dia 21 de dezembro, em seu programa semanal de rádio, Café com o Presidente. Lula, no entanto, considerou que, apesar de um acordo parcial, a conferência conseguiu resolver parte do problema.
Para Lula, a redução de emissões de gases de efeito estufa deve ser encarada como um tema prioritário pelos governantes, principalmente os de países desenvolvidos, que historicamente emitiram mais e são mais responsáveis pelo aquecimento do planeta. O presidente citou os Estados Unidos, que nunca ratificaram o Protocolo de Quioto.
?Os Estados Unidos, ao tomarem essa atitude, fizeram com que muitos países europeus e mais o Japão, que são signatários de Quioto, quisessem acabar com o protocolo, não deixando nada no lugar, para que eles também não tivessem mais os compromissos com as metas?.
Apesar das críticas, o presidente considerou um avanço nas negociações climáticas o acordo fechado entre a China, a Índia, a África do Sul, o Brasil e os Estados Unidos no fim da conferência, mas reconheceu que a solução global precisa ser legitimada por todos os países.
?Até o próximo encontro, no México, nós deveremos fazer um acordo, e todo mundo deve concordar para que a gente possa, então, definir uma política mundial para que a gente trabalhe o desaquecimento global?.
O presidente afirmou ainda que as metas brasileiras apresentadas na conferência, de redução das emissões nacionais de gases de efeito estufa entre 36,1% e 38,9% até 2020, serão consolidadas com força de lei. ?Já não é mais a vontade do presidente Lula. Agora, quem quer que governe esse país vai ter que cumprir?.
Com informações da Envolverde (envolverde.ig.com.br)/Agência Brasil/Luana Lourenço